Avenida Antonio Pincinato em Jundiaí. Essa parte da avenida liga o Bairro Eloy Chaves à Rodovia Dom Gabriel Paulino e tem aproximadamente uns 5 km de extensão em terra.
Passar por esse caminho seja à pé, de bicicleta ou mesmo de carro, como muitas pessoas fazem, é uma experiência indescritível. Nos faz voltar no tempo, relaxar, ter novamente o contato com a natureza e todo seu explendor. É algo que a grande maioria de nós, que vivemos nos grandes centros, perdeu a muito tempo.
Por esses poucos quilometros de extensão nos deparamos com belas paisagens, como por exemplo essa abaixo:
Esse local fica próximo à uma velha Fazenda do tempo do café e que aparentemente ainda é muito bem preservada. É possível também encontrar nesse mesmo local o que parece ser uma Senzala que pertencia à essa mesma Fazenda.
Infelizmente, ela não está tão conservada, como se pode notar, mas é no mínimo de um grande valor histórico para toda a região.
Além dessas paisagens, a vida selvagem também não deixa nada a desejar como podemos ver logo abaixo (clique nas imagens para ver em tamanho maior):
Todas as fotos acima foram tiradas praticamente no mesmo local, ou com uns 500 metros de diferença e com certa facilidade, devido à grande concentração de vida. É realmente um local privilegiado.
Mas voltando à foto que abre esse post – com um belo Sol se pondo, a Serra do Japi à esquerda (não pode ser vista na foto), árvores à direita e uma bela poeira levantada por carros que tinham acabado de passar – o que infelizmente me motivou a escrever esse texto, foi a constatação e a grande tristeza que tive ao ver que tudo isso pode acabar!
Na foto acima (uma visão de satélite no Google Maps) existe um “pin” (uma pequena marca como uma gota invertida) colocado por mim e que demarca aproximadamente o local da foto em questão.
Como se pode notar o avanço da nossa “civilização” já chegou exatamente ao local das fotos. Se eu tivesse tirado a foto uns 200 metros à frente ou para trás, só veríamos áreas de terreno para a construção à direita da minha foto e não as árvores. A estrada já está sendo asfaltada mas não sei se farão o asfalto em toda sua extensão.
Que triste imaginar que um dia tudo isso pode acabar. O meu maior medo é que esse avanço passe para o lado esquerdo, onde temos uma mata verde muito bonita que segue até o pé da Serra do Japi.
Gostaria muito de que essas fotos e esse post não servissem apenas como uma lembrança do que já foi esse lugar, mas sim como uma forma de conscientização para a nossa geração de que devemos impor alguns limites à nossa desesperada ganância e descaso com tudo o que nos cerca.
Para fechar, infelizmente mais algumas fotos desse descaso (a parte para o lado esquerdo da foto inicial).
Parabéns pelo trabalho, tenho acompanhado e gostado muito!! Valeu por nos fazer ver um pouco mais do que temos tão perto!! Lindas fotos… Abraço
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Obrigado Joca!
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Parabéns pelo trabalho Tercio!!!
Pode ter certeza que vou acompanhar o blog
Abraço
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Obrigado Gabrielzin!
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É muito legal quando vemos que ainda existem algumas pessoas que se interessam em documentar e mostrar a biodiversidade e a beleza da serra do japi.. o entorno dela está mudando extremamente rápido e as aves e animais que não se.adaptarem a conviver com os condominios empresariais e residenciais logo deixarão de ser vistos ….A avenida Antonio Piscinato é a atual fronteira entre o mundo selvagem e o mundo urbanizado ! Parabens alemão …vou acompanhar este belo trabalho de perto ! abs….
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Falou tudo Pedrão, e nada melhor do que você, que faz um trabalho maravilhoso sobre a Serra do Japi, para confirmar tudo isso. Obrigado pela visita e por todas as dicas e motivação!
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